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Blog de recursos interdisciplinares para una universidad no heteronormativa
 

CFP: 4º Seminário Internacional de Educação e Sexualidade – 2º Encontro Internacional de Estudos de Gênero.

Esse Seminário Internacional se justifica na necessidade de responder e provocar problematizações que busquem compreender no que estamos nos tornando e o que temos feito de nós com a expansão de práticas e discursos fascistas e fundamentalistas no âmbito das sexualidades e de gênero e seus impactos sobre uma vida e a população.

O Núcleo de Pesquisa em Sexualidade (NEPS), o Grupo de Estudos e Pesquisas em Sexualidades (GEPSs) e o Laboratório de Estudos de Gênero, Poder e Violência (LEG) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) tomam os processos educativos contemporâneos, de saúde, da vida pública, da política e suas narrativas como um campo problemático, carente de ações que impactem realidades excludentes, em que a precariedade da vida precisa assumir exercícios coletivos de problematização e aposta de um futuro melhor.

De diferentes lugares políticos e teóricos, este Seminário buscará combater as diferentes formas de sexismos, fundamentalismos e fascismos que se infiltram e são produzidos em nossos cotidianos. Nessa rede de poder fascista, sexista e fundamentalista, os que escapam, contam, vivem outras história  sobre si, sobre seus gêneros e corpos e que não reiteram uma ordem que se busca normativa, são e podem se tornar alvo de um desejo desenfreado de normalização, violências, racismos, epistemicídios, morticídios  e exclusões que nos rodam e mostram de forma cotidiana as barbáries do presente.

A proposta implicativa e interventiva deste Seminário busca nas configurações que podem assumir uma vida os dispositivos e as forças-poderes que limitam e impedem o direito de viver uma vida criativa.   Assim, se até algumas décadas atrás as instituições de governo (escola, serviços de saúde, legislações) da população eram ambientes de afirmação de um único modo de vida, atualmente, múltiplas identidades culturais tencionam e problematizam valores e estas instituições são cada vez mais tencionados pelo direito de existir na afirmação da pluralidade.

Implicados em problematizar, desconstruir práticas e discursos normativos e excludentes, que nos agenciam e corroboram com a construção de desigualdades, propomos a realização deste Seminário como forma de afirmar a vida, a educação e os direitos humanos.

 

1.      Simpósios Temáticos

As Comunicações Orais propostas poderão constituir-se como resultados parciais ou conclusivos de pesquisas, relatos de experiências, reflexões teóricas acerca de conceitos ou práticas epistêmicas que se aproximem de alguma forma à temática dos Simpósios Temáticos ao qual estejam vinculadas.

 

1.1 ST1 – Currículos, Gêneros e Sexualidades

Esse Simpósio busca empreender discussões acerca das questões envolvendo currículos oficias e praticados em suas produções e reverberações nos sujeitos da educação. Para tanto, entende-se por currículo lugar de fabricação de sujeitos, agindo como documento de identidade, território contestado, campo de lutas, de resistências, de possibilidades, de enfrentamentos e negociações. Interessa a esse Simpósio problematizar as configurações normativa de corpo-gênero-sexualidade, colocando em questões a trama de saberes, poderes e fazeres selecionados, silenciados, aprendidos e experimentados nos cotidianos vivenciados pelos sujeitos no dentrofora das escolas. Interessa-nos contemplar práticas e estudos que ofereçam possibilidades de discutir os processos de produção e invenção dos currículos e de seus sujeitos como obra de arte.

 

1.2 ST2 – Direitos Humanos, Sujeitos da Educação Inclusiva e suas Sexualidades

Na sociedade democrática, é pelo âmbito dos Direitos Humanos que as instituições agenciam seus mecanismos de apoio e interferência no combate ao machismo e à homo-lesbo-bi-transfobia, reivindicando reconhecimento e visibilidade de modo a incidir na desnaturalização da heteronormatividade. Nessa perspectiva, interessa-nos margear os discursos e as práticas de inclusão que problematizem os binários normal/anormal, eficiente/deficiente, perfeito/imperfeito, natural/prostético. Sabe-se que esses binarismos produzem regulações de gênero e sexualidade, em diálogo com os padrões de normalidade, beleza e eficiência, produzindo os corpos e as subjetividades valoradas e perseguidas. Esses mitos normatizam nossas vidas e negativam corpos dissidentes, fazendo-nos pensar em pessoas com deficiência, “anormais”, “prostéticos” e “imperfeitos” como sujeitos sem desejo ou prazer, sem exercer suas afetividades e sexualidades. Esse Simpósio Temático destaca, portanto, a importância em dirimir esse tabu entre deficiências e vivências das sexualidades.

 

1.3 ST3 – Preconceitos, Violências e os Sujeitos das Exclusões

As manifestações de violência, em decorrência da discriminação de gênero ou por orientação sexual (o machismo e a homo-lesbo-bi-transfobia), têm adquirido contornos particulares nos estudos de exclusão, opressão e violência. O conceito de heteronormatividade tem sido uma importante ferramenta para compreender a dificuldade do não reconhecimento de direitos de grupos minoritários, bem como contextos de violência vivenciados por esses. Este Simpósio Temático procura englobar investigações e debates sobre os processos das exclusões e/ou situações de violência vivenciadas por mulheres e homens em decorrência de alguma marcação sexual relacionada ao seu gênero e/ou à sua sexualidade. Para tal, comporão os trabalhos que versem problematizar questões referentes a processos de dominação e resistência; ao machismo e à homofobia institucional; a vulnerabilidades e/ou situações de risco vivenciadas por grupos sociais; a situações de discriminação e violência no contexto educacional; a ações de empoderamento de sujeitos; a garantia de direitos e políticas afirmativas.

 

1.4 ST4 – Cultura, Territorialidades, Diferenças e Sexualidade

Esse Simpósio Temático objetiva fomentar as discussões e reflexões sobre as questões de gênero e sexualidade na relação com a produção de cultura e de marcadores de diferença. Sustenta críticas à história oficial, enredando a ela as lutas minoritárias (negros, indígenas, sujeitos migrantes/nômades, mulheres, não-brancos, não-ocidentais, etc.) e destacando as questões e saberes minoritários e não-científicos. Aponta-se, portanto, para o diálogo entre as políticas e as produções culturais, em busca de reconhecimentos e deslocamentos nos modos como as políticas pensam as relações de gênero, os direitos sexuais e todas as diferenças que transitam no dentro e fora das fronteiras. Interessam-nos, portanto, as inquietações gênero e sexualidade articuladas às religiosidade e crenças; às políticas públicas, à segurança, à justiça e à democracia; à produção de corpos, de subjetividades e coletividades de modos dissidentes à cultura dominante.

 

1.5 ST5 – Mídia, Tecnologia, Arte e Sexualidade 

A discussão posta é a da linguagem, dos processos de comunicação, das tecnologias e dos afectos. O Simpósio visa agregar trabalhos que tratem das várias questões no campo das mídias, artes e das culturas que são perpassadas pelo corpo, pelo erotismo e pelo desejo e/ou que contemplam práticas, processos, linguagens, discursos e produtos acerca da sobre a sexualidade. Cabem reflexões sobre as indústrias culturais em suas mais diversas mídias (impressa, de massa, online, etc.) e competências (jornalismo, publicidade, entretenimento, etc.), pensadas enquanto linguagem ou meio, enquanto interface e pedagogia cultural dos modos de ser, estar, ter e viver, enquanto influente instituição configuradora e modeladora das subjetividades contemporâneas, dissolvendo e (re)fazendo fronteiras culturais, estereotipando e marcando identidades por meio da imagem. Fazem parte deste debate relatos de processos criativos e análises que se aventurem pelas áreas e subáreas das artes, como Audiovisual, o Cênico, a Música, a Literatura, as Visualidades e as Narrativas em geral, a fim de colaborar para um reexame de heterodoxias de algumas dessas questões aventadas que acompanham a humanidade.

 

1.6 ST6 – Seguridade e Sexualidade

Esse simpósio buscará discutir a Seguridade Social brasileira, figurada nas Políticas Sociais de Saúde, Assistência Social e Previdência Social, nas múltiplas interfaces com a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTTs), dialogando sobre os avanços, retrocessos e impasses na inclusão destas populações. Esse simpósio convida a discussões sobre: Acesso e permanência no Sistema Único de Saúde, os programas de prevenção e tratamento ás DST/Aids e Hepatites Virais; o processo transexualizador brasileiro; nome social para travestis e transexuais; direitos reprodutivos e sexuais LGBTTs; saúde mental LGBTTs; os usos de hormônios e/ou a aplicação de silicone industrial; As políticas e programas para saúde LGBTT; O envelhecimento; Acesso à políticas de emprego e renda, a Previdência Social e o Sistema Único de Assistência Social. Conservadorismo e o (sub)financiamento da Seguridade Social brasileira e seus rebatimentos sobre a  população LGBTT.

 

1.7 ST7 – Gênero, Corpo e Violência

Objetiva analisar as relações entre os corpos e as relações de gênero que perpassam as marcas culturais envolvendo a diferenciação de sexo, gênero e hierarquias de poder. Intenciona reunir pesquisas que discutem como o poder, observado sob uma perspectiva de gênero, representa também o feminino como subordinado ao masculino, além de buscar a contribuição de estudos que privilegiam o debate sobre controle e violência dos corpos e da sexualidade hunana, envolvendo questões sociais complexas de domínio hierárquico do homem sobre a mulher, além de dialogar sobre os avanços, retrocessos e impasses nesse processo.

 

1.8 ST8 – História, Trabalho, Família(s)

Intenciona estabelecer relações entre os estudos da história, do trabalho e da família, articulados aos estudos de gênero, problematizando as permanências e as transformações dos lugares ocupados por homens e mulheres no mundo do trabalho, presente nas sociedades de classes, etnicamente desigual e hierarquicamente patriarcal. Nesta perspectiva, serão privilegiados estudos que discutem as diversas manifestações do feminino mediante a inserção da mulher no mercado de trabalho, sua contribuição nas alterações das relações no interior das famílias, no presente entendimento que as mulheres tem a respeito dos valores familiares, da naturalização das desigualdades de gênero e das relações de poder no qual as dimensões de gênero e de geração permitem conflitos e negociações que descortinam ampla rede de hierarquias que compõem a construção social entre os gêneros.

 

1.9 ST9- Masculinidade e Identidade Social

O presente simpósio tem como proposta reunir trabalhos que discutam, a partir da abordagem dos estudos de gênero, os espaços sociais constituídos como identificadores de masculinidades, evidenciando as referências sexualmente produzidas por jogos de significação, símbolos de relações de poder e de parentesco, e voltando o olhar para as tensões, contradições, permanências  ou mudanças, existentes nesses processos de (re)construção simbólica. Pretende, ainda, discutir as (re)definições desses espaços a partir das concepções culturais, econômicas e políticas que abrangem a diversidade de masculinidades, assim como as possibilidades de inserção e interdições nos espaços públicos e privados, observando diferentes interpretações dos significados dos símbolos expressos nas leis, na história e na mídia privilegiando o debate na construção e reconstrução histórica da representação binária do gênero, a qual incide sobre os corpos.

 

Cronograma

 

 Inicio das Inscrições  11 de fevereiro de 2016
 Submissão de Trabalhos  11 de fevereiro a 15 de maio de 2016
 Resultado dos Trabalhos  03 de junho de 2016
 Envio do texto completo  03 de junho a 01 de julho de 2016
 Data do Evento  19 a 21 de Julho de 2016

 

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