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CFP: I Seminário Corpus Possíveis no Brasil Profundo (SENACORPUS), Rio Grande (Brasil), 21-23 março de 2018.

Propiciar um espaço de discussão sobre as relações, em grande medida problemáticas, entre educação, cultura e as sexualidades e identidades “dissidentes”, sobre aqueles sujeitos que se localizam nos limites da “inteligibilidade cultural”, ou seja, que sofrem sanções sociais (psicológicas, simbólicas e materiais) por construírem e apresentarem seus corpos, subjetividades e práticas para além dos limites do que é considerado normal, daquilo que é considerado um corpo com valor;Diagnosticar as violências sofridas e os principais empecilhos à plena cidadania daqueles sujeitos cujos corpos são lidos para além dos regimes de regulação (de gênero, de sexualidade, de raça/etnia, deficiências etc.);Posicionar estrategicamente a FURG como uma universidade comprometida com os direitos humanos e com a cidadania de grupos ditos “minoritários”;Construir um diálogo profícuo e duradouro com a Educação Básica e Sindicatos da Educação, em um entendimento de que é ela a principal responsável, ora pelo êxito – ainda tímido e precário – ora pelo fracasso dos destinos de milhares de estudantes;


As instituições integradoras (escola, universidade, família, religiões, etc) tem sido, tradicionalmente, espaços de ajustamento, reprodução e aplicação de normas que hierarquizam culturas, sujeitos e produzem subalternidades. Seus projetos, planos de ação, estrutura física e profissionais se articulam e (re)produzem relações de poder nas quais as diferenças raça/etnia, classe, gênero e sexualidade, religião e corpóreas, entre outras, quando não estigmatizadas e violentadas explicitamente, são apropriadas e alocadas no lócus marcado pelo signo do “exótico”.Diante do exposto em tela, assistimos frequentemente emergirem narrativas sobre “caça às bruxas”, monstros, sujeitos que não são sujeitos, pois a eles é negado o status de humano. “Há “sujeitos” que não são exatamente reconhecíveis como sujeitos e há “vidas” que dificilmente – ou, melhor dizendo, nunca – são reconhecidas como “vidas”. Recentemente, houve inúmeras campanhas em todo o país, a maioria bem-sucedidas, para a retirada da expressão “gênero” dos planos municipais, estaduais e nacional de educação, em um projeto explícito de impedir a discussão e a reflexão sobre as questões de gênero e sexualidade no espaço das escolas. Como se posicionar argumentando favoravelmente à permanência das questões de gênero e sexualidades na agenda pública das escolas e universidades? Os debates sobre gênero e sexualidade, em suas intersecções com as questões etnicorraciais, de classe, de deficiência e outras corporeidades, se apresentam como urgentes e necessárias, de modo a reconhecer a existência de uma história brasileira marcada pela marginalização e desigualdade, em especial, em relação às mulheres que mesmo com suas conquistas ainda têm sido desvalorizadas, sobretudo quanto à remuneração salarial, ocupação profissional ou participação na representação política, além das altas taxas de feminicídio.O seminário internacional que ora propomos se insere nessas preocupações e se justifica na medida em que busca, a partir do diálogo com os agentes envolvidos nos processos educacionais e de produção de conhecimento e políticas públicas diagnosticar os problemas que se colocam como empecilhos a uma educação, gestão pública e produção de conhecimento comprometidos com os direitos humanos e superação das redes de subalternidades.Nosso país já acumula, há mais de uma década, um cabedal respeitável de estudos sobre as “dissidências” e “periferias”. Muitos grupos de pesquisa, que se dedicam a problematizar as redes de significados sobre as sexualidades, raça/etnia, gênero, classe e deficiências, sob uma perspectiva multidisciplinar, já vêm apontando a necessidade de que se aposte em estratégias de enfrentamento a todas as modalidades de subalternização de subjetividades no campo das culturas, uma vez que se parte da compreensão de que apenas os marcos legais não são suficientes para tal tarefa. Este evento, portanto, se soma a esse entendimento.

O I Seminário Corpus Possíveis no Brasil Profundo – Educação, Cultura e Diferenças surge das preocupações do Nós do Sul: Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Identidades, Currículos e Culturas com os tensionamentos e acordos políticos em que se encontram os corpos no Brasil e mais amplamente na América Hispânica.

Desta forma, convidamos os(as) autores(as) nacionais e internacionais a apresentarem trabalhos que contribuam para os diálogos estabelecidos em seus países em torno dos eixos propostos no SENACORPUS. Um convite a pensar para além dos limites de descrever os aspectos técnicos e/ou científicos de suas pesquisas, relacionando-os com um contexto mais amplo, seja ele cultural, social, econômico, político, histórico, sexual, racial e/ou tecnológico. O I SENACORPUS – I Seminário Corpus Possíveis no Brasil Profundo será realizado nos dias 21, 22 e 23 de março de 2018, em Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.

Datas Importantes

Prazo de inscrições e pagamento: 13/03/2018
Submissão de resumo: 23/02/2018
Resultado de resumo aprovado: 05/03/2018
Envio de trabalho completo: 15/04/2018

Autores e Coautores

Apenas o autor principal poderão; submeter o resumo
Apenas o autor principal poderão indicar os coautores do trabalho, sendo que estes devem estar cadastrados no sistema.
O pagamento da inscrição do autor principal é obrigatório para que o trabalho seja publicado nos Anais.

Trabalho Completo

Os resumos serão recebidos apenas por formulário online através da Área do Participante até o dia 15 de abril de 2018, às 23h e 59min (horário de Brasília);Trabalho Científico e de acordo com o template.

Modalidades/Idiomas

Modalidades: Comunicação Oral, Pôster e Relato de Experiência
Comunicação Oral: Pesquisa Concluída.
Pôster: Pesquisa em Andamento.
Relato de Experiência: Práticas escolares, universitárias e de formação docente; Ativismos e os movimentos sociais; Produções culturais e artísticas.
Idiomas: Português

Informações.

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